O professor também destaca a tolerância como harmonia na diferença como um tipo ainda mais inclusivo. Segundo ele, a harmonia na diferença refere-se a uma sociedade que é diversificada, mas o respeito às diferenças “dão fundamento à tolerância” para que haja uma convivência de “acolhimento do outro”, sobretudo como manifestação por meio de “diálogo e de convivência”. Para Lazier, nesse tipo de tolerância não há espaços para “posicionamentos absolutistas, dogmatismos, movimentos que vão negar os direitos humanos e os direitos fundamentais do cidadão.”
Já a tolerância como sustentáculo dos direitos humanos e da democracia “valoriza a possibilidade de as pessoas se relacionarem no seio da sociedade sem superioridade, mas numa relação de equilíbrio”, definiu Josué Lazier. Ele explicou que todos têm direitos universais e todos são iguais perante a lei e, por esse motivo, todos são iguais perante a perspectiva da dignidade humana.
PAPEL DO ESTADO – Outro ponto importante dos Princípios sobre Tolerância da ONU, segundo Lazier, é o papel do Estado de combater toda intolerância que “marginaliza, discrimina, traz preconceitos e agrega violências e destruição.” Para ele, esse combate deve ser feito por meio de leis e de politicas públicas. “Sem tolerância não pode haver paz, sem paz não pode haver desenvolvimento nem democracia”, afirmou.
Para o professor, também é papel do Estado promover uma educação qualificada, pois é o meio mais eficaz para se educar para tolerância. “Se nós queremos uma sociedade com noções de cidadania, uma sociedade que se organiza a partir da tolerância, a educação é o principal meio para isso”, concluiu.
Supervisão de Texto e Fotografia: Valéria Rodrigues – MTB 23.343 (Câmara de Vereadores de Piracicaba)