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Escola do Legislativo amplia participação no período da pandemia

No período da pandemia do novo coronavírus, a Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba ampliou a participação popular. É o que aponta relatório apresentado nesta segunda-feira (23), na reunião mensal dos conselheiros: de fevereiro a novembro, 3.021 pessoas participaram das atividades. Somente nos últimos quatro anos foram 9.898 participações.

Desde a implantação, em janeiro de 2017, até o período atual, o ano de 2020 é o que registra maior participação: foram 1.956 em 2017, 2.592 em 2018, 2.329 em 2019 e 3.021 este ano. “Mesmo com a pandemia do novo coronavírus e as eleições municipais, a Escola foi muito bem. Ela se reinventou, por meio da programação on-line, atraiu mais pessoas e ampliou a possibilidade de participação”, classificou a vereadora Nancy Thame (PV), que é a diretora da Escola.

Um dado que chamou a atenção é a alta participação nos meses de junho e agosto de 2020, com 560 e 550 pessoas, respectivamente. Em fevereiro foram 286 participantes, em março 212, em abril 94, em maio 526, em julho 191, em setembro 293, em outubro 253, e em novembro 56. Seguindo uma tendência já registrada desde a implantação da Escola, as atividades do segundo semestre foram consideradas como boas/excelentes por 98,94% dos alunos. “Isso sinaliza que o qualitativo da Escola não caiu, ainda que algumas ações tenham acontecido de forma restrita também por conta do calendário eleitoral”, completa Nancy.

Na reunião de avaliação também estiveram presentes o vereador Pedro Kawai (PSDB), o diretor do Departamento de Administração da Câmara, Mauro Rontani, e os professores Heliani Berlato dos Santos, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), e José Adam Lazier, coordenador da Avaliação Institucional e do Nepedh (Núcleo de Estudos e Programas em Educação e Direitos Humanos) da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).

A intenção dos conselheiros é que uma atividade de balanço seja realizada em dezembro, o que será definido em breve. Para Josué Adam Lazier, a programação quadrimestral da Escola trouxe temas representativos. “O sucesso se deve à atuação democrática e apartidária. A Escola entrou no circuito das associações brasileira e paulista das Escolas do Legislativo, sendo uma das principais referências nesse contexto. A Câmara avançou muito, a partir da Escola, assim com em outras outras inovações, como o Parlamento Aberto e fóruns criados”, avaliou.

Para Heliani Berlato, o anseio dos conselheiros é o de que a Escola continue na mesma linha, de trazer assuntos sem o viés ideológico e que priorize a pauta inclusiva e de tolerância. “A nossa postura foi a de ter cuidado com as temáticas abordadas, sempre a partir do interesse coletivo, para abrir os olhares de jovens e adultos, trazendo educação e consciência. É uma missão desprovida de interesse individual. O interesse foi único e exclusivo para a sociedade”, disse.

Sobre a atuação dos integrantes da sociedade civil no conselho da Escola, Nancy reforçou que Heliani e Josué atuaram como “lastros fundamentais para manter a programação com o viés suprapartidário”. “O conselho trouxe um olhar de fora, amplo e imparcial, que contribuiu com vários formatos e temáticas novas”, completou. A vereadora acredita que o resultado demonstra que “havia uma vontade reprimida” e disse esperar que o projeto perdure, em uma “continuidade democrática”.

O vereador Pedro Kawai lembrou que a criação da Escola ocorreu por um decreto legislativo de 2014, que, no entanto, demorou a sair do papel para se tornar uma ação concreta. “Aprendi muito nessa jornada, nos enriquecemos e o legado ficará para a história pela participação popular na Câmara, marcada ainda pelo Parlamento Aberto e uso da Tribuna Popular. São ferramentas para mostrarmos ao Brasil todo como se faz um legislativo com participação popular.”

Atualmente, a Escola conta com 168 profissionais credenciados e 12 instituições parceiras, conforme os dados compilados pela servidora Ana Lucia Gomes Fernandes, que integra a secretaria da Escola. Ainda de acordo com o balanço do segundo semestre, foram realizadas 29 atividades, todas no formato on-line, via aplicativo Zoom. Desde a implantação, a Escola tem se mobilizado também na doação de 1 litro de leite para a participação nos cursos, exceto no período da pandemia. Até o momento foram arrecadados 2.640 litros.

Texto: Rodrigo Alves – MTB 42.583 (Câmara de Vereadores de Piracicaba)

Reunião do Conselho foi realizada na manhã desta segunda-feira (23)

 

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